Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Porcos no Prenda

Desde o meu tempo de miúdo, habituei-me a ver os Porcos (animais), andarem nas nossas sanzalas, nas lixeiras próximas as nossas casas. Sempre foi horrível ver os porcos a rebolarem nos lamaçais dos nossos bairros da periferia, mas confesso que também sempre foi saboroso, ter a carne destes animais bem preparadas em nossos pratos.
Quem não gosta de um bom pincho? O Guely nem se fala, o Yazalde sempre teve a mania de comer apenas em casa. Até hoje, a minha mulher adora imenso a carne deste animal em uma feijoada, sopa ou mesmo grelhada.
O estranho é que nunca tinha reparado na mania de alguns de tornar os porcos, residentes da (baixa ou alta?) de Luanda. Deste 2008 tenho visto muitos porcos no Bairro Prenda, que me fazem recordar os contos do livro "Quem me dera ser onda" de Manuel Rui Monteiro.
Estaremos a ter algum sinal com isso?
Os Porcos do Prenda, não se sentem fora do seu habitar, fundamentalmente porque nesta zona da cidade, não lhes falta, nem lixo, nem lagoa. Para eles a vida lá é MUITO BOA, e a saúde de Luanda será?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Universidade Independente de Angola apresentou os primeiros licenciados

A Universidade Independente de Angola (UNIA) colocou, a semana passada, no mercado de trabalho, os primeiros licenciados, no total, 65, todos em Ciências da Comunicação. Fernando Sardinha, um dos licenciados em Ciências da Comunicação, lembrou que foram “cinco anos de sacrifício”, mas que “valeram a pena por ter atingido a meta”. O curso permitiu-lhe adquirir as “ferramentas necessárias para a apaixonante profissão que é o jornalismo”. Fernando Sardinha frisou que, ao longo formação, recebeu “outras ferramentas em várias áreas”, quer em teoria da comunicação, quer em técnicas e tecnologia da comunicação, além de conteúdos relacionadas com a “capacidade do jornalista argumentar, apresentar a informação e, acima de tudo, ser coerente”. Fez o curso porque se apaixonou, ainda em criança, pelo jornalismo, mas não pretende exercer a profissão. Quer seguir a carreira docente. Will Tonet também acabou o curso. O seu rosto transbordava alegria e pode ser visto como um exemplo. Anda em cadeira de rodas. Nem isso o impediu de obter o diploma. Agora, quer fazer o mestrado em Ciências da Comunicação. João Fragoso, outro dos que acabou o curso, disse que o curso foi difícil devido, sobretudo, para aqueles que viviam à custa dos pais. Também a “rigorosidade da Universidade em relação ao pagamento mensal das propinas”, 250 dólares, e a quase ausência de bibliografia constituíram dificuldade a vencer. “Para mim, a formação em Ciências da Comunicação é mais um reforço do ponto de vista técnico e científico, para aquilo que é a minha actividade, já que trabalho numa instituição do Estado, na área de comunicação”, afirmou João Fragoso. Edilson da Silva, brasileiro, é docente do curso de Ciências da Comunicação na Universidade Independente de Angola. “Ficamos muito contentes, quando ouvimos os nossos alunos dizer que o curso contribui para o desempenho que têm no trabalho, quer seja na área da assessoria, quer na redacção de um órgão de comunicação”, disse. Os formandos perceberam que jornalismo, disse, não é algo que se faz com empirismo, apenas com experiência do quotidiano, mas que exige, também, a passagem pela academia, para exercer a profissão como deve ser. O jornalismo praticado em Angola tende a melhorar porque, à medida que as universidades forem colocando novos profissionais no mercado, o seu nível há-de aumentar, referiu. Jornalismo vai melhorar O jornalista e professor Isaac Neney reconheceu que os “65 finalistas ainda não são perfeitos porque os conhecimentos adquiridos obedecem a uma cadeia progressiva”, Isaac Neney assegurou ao Jornal de Angola que a UNIA tem os melhores professores, a nível do curso superior, de comunicação social, seleccionados a partir de Cuba, Portugal, Brasil, do mundo Árabe e de Angola. Isaac Neney, formado em Cuba, em comunicação social, disse que o “jornalismo angolano está a progredir, mas ainda persiste o problema da auto censura”. O docente declarou que “há, ainda, bastantes interferências de políticos no exercício do jornalismo”. Adérito Kizunda, também professor, afirmou que o “jornalismo angolano está a caminhar para um estádio, com cada vez mais profissionais com domínio científico no exercício da profissão”. O também jornalista do Jornal de Angola, referiu que, “doravante, algumas falhas que ainda se verificam na produção jornalística” vão ter “menos razão de existir, na medida em que, na universidade, pelo padrão e pela grelha curricular, os alunos conseguem receber instrumentos que lhes permitem interagir com todas as áreas do meio envolvente”. Kizunda aconselhou os “veteranos do jornalismo angolano a não perpetuarem o sentimento” de que a profissão “é algo que tem de ser, necessariamente, feita com base no empirismo”. “ O jornalismo é uma ciência, o exercício de jornalismo é uma profissão de extrema responsabilidade”, frisou. Se não houver uma opinião pública informada por pessoas que têm capacidade de interagir com todo o meio envolvente, disse, então a sociedade pode estar na presença de um fenómeno que, eventualmente, vai fazer perigar o fundamento do processo democrático. O decano interino da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Independente de Angola, Sónia Barreto, disse que o plano curricular do curso está articulado com a realidade do país e que os novos licenciados estão aptos a entrar no mercado de trabalho. O reitor da Universidade Independente de Angola, Carlos Burity da Silva, pediu aos novos diplomados que não se iludam, pois têm, ainda, ainda “muitas metas a atingir e muito trabalho pela frente até serem profissionais”. A Ciência da Comunicação não se esgota em duas linhas, não se vive sem ela porque engenheiros, advogados, políticos ou economistas virão ao vosso encontro, pois não podem fazer o seu trabalho sem comunicar, sem partilhar, persuadir ou argumentar, lembrou.

NOVO GOVERNO ANGOLANO, SEM MUITO DE NOVO

Luanda - Na madrugada de 2 de Fevereiro, os órgão de comunicação social do país, noticiaram que:
os Serviços de Apoio ao Presidente da República informam que o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, procedeu a consultas junto da Direcção do MPLA, Partido no poder, para a escolha do Vice-Presidente e do futuro elenco governamental, tendo em conta a nova Constituição da República de Angola aprovada pela Assembleia Nacional.
Na sequência, foram indigitados o Vice-Presidente da República e os titulares dos departamentos ministeriais e respectivos coadjutores, como se segue:
I) Vice-Presidente da República - Fernando da Piedade Dias dos Santos
II) Titulares Ministeriais e Respectivos Coadjutores
1. Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil - Carlos Maria da Silva Feijó
2. Ministro de Estado e Chefe da Casa Militar - Manuel Hélder Vieira Dias Jr.
3. Ministro de Estado e da Coordenação Económica - Manuel Nunes Jr.
a) Secretário de Estado da Coordenação Económica - Job Graça
4. Ministro das Relações Exteriores - Assunção Afonso de Sousa dos Anjos
a) Secretário de Estado das Relações Exteriores - George Rebello Chicoty
b) Secretária de Estado da Cooperação - Exalgina Reneé Vicente Olavo Gamboa
5. Ministro da Defesa Nacional - Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem
a) Vice-Ministro para a Política de Defesa Nacional - Gaspar Rufino dos Santos
b) Vice-Ministro para os Recursos Materiais - Salviano de Jesus Sequeira
c) Vice-Ministro para a Administração e Finanças - Agostinho Fernandes Nelumba
6. Ministro do Interior - Roberto Leal Ramos Monteiro
a) Vice-Ministro para a Ordem Interna - Ângelo de Barros Veiga Tavares
b) Vice-Ministro para a Migração - Eduardo de Almeida Ferreira Martins
c) Vice-Ministro para os Serviços Penitenciários - José Bamokina Zau
d) Vice-Ministro para a Protecção Civil e Bombeiros - Eugénio César Laborinho
e) Vice-Ministra para a Administração e Finanças - Margarida de Jesus da
Trindade Jordão de Barros
7. Ministro dos Assuntos Parlamentares - Norberto Fernando dos Santos
8. Ministro da Administração do Território - Bornito de Sousa Baltazar Diogo
a) Vice-Ministro para os Assuntos Institucionais e Eleitorais - Adão Francisco Correia de Almeida
b) Vice-Ministro para a Administração Local - Graciano Francisco Domingos
9. Ministra da Justiça - Guilhermina Contreiras da Costa Prata
a) Vice-Ministro da Justiça - João Alves Monteiro
b) Vice-Ministra para os Serviços Auxiliares de Justiça - Ana Carlos Canene
Meirelles de Vasconcelos
10. Ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social - António Domingos da Costa Pitra Neto
a) Vice-Ministro para o Emprego e Segurança Social - Sebastião Constantino Lukinda
11. Ministra da Comunicação Social - Carolina Cerqueira
a) Vice-Ministro da Comunicação Social - Manuel Miguel de Carvalho
12. Ministro da Juventude e Desportos - Gonçalves Manuel Muandumba
a) Vice-Ministro da Juventude - Yaba Pedro Alberto
b) Vice-Ministro dos Desportos - Albino da Conceição José
13. Ministra do Planeamento - Ana Afonso Dias Lourenço
a) Vice-Ministro do Planeamento - Pedro Luís da Fonseca
14. Ministro das Finanças - Carlos Alberto Lopes
a) Secretária de Estado das Finanças - Valentina Matias de Sousa Filipe
b) Secretário de Estado do Orçamento - Alcides Safeca
c) Secretário de Estado do Tesouro - Manuel Neto Costa
15. Ministra do Comércio e do Turismo - Maria Idalina de Oliveira Valente
a) Secretário de Estado do Comércio - Augusto Archer de Sousa Mangueira
b) Secretário de Estado da Hotelaria e Turismo - Pedro Mutinde
16. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas - Afonso Pedro Canga
a) Secretário de Estado da Agricultura - José Amaro Tati
b) Secretária de Estado do Desenvolvimento Rural - Maria Filomena de Fátima Lobão Telo Delgado
c) Secretária de Estado das Pescas - Vitória Francisco Lopes Cristóvão de Barros Neto
d) Vice-Ministro para as Florestas - André de Jesus Moda
17. Ministro da Geologia e Minas e da Indústria - Joaquim Duarte da Costa David
a) Secretário de Estado da Geologia e Minas - Mankenda Ambroise
b) Secretário de Estado da Indústria - Kiala Ngone Gabriel
18. Ministro dos Petróleos - José Maria Botelho de Vasconcelos
a) Vice-Ministro dos Petróleos - Aníbal Octávio Teixeira da Silva
b) Vice-Ministro para a Administração - José Gualter dos Remédios Inocêncio
19. Ministra do Ambiente - Maria de Fátima Monteiro Jardim
a) Vice-Ministro do Ambiente - Syanga Kivuila Samuel Abílio
20. Ministro do Urbanismo e Construção - José dos Santos da Silva Ferreira
a) Secretário de Estado do Urbanismo e Habitação - Joaquim Silvestre António
b) Secretário de Estado da Construção - José Joanes André
c) Vice-Ministro do Ordenamento do Território - Manuel Francisco da Silva Clemente Jr.
21. Ministro dos Transportes - Augusto da Silva Tomás
a) Vice-Ministra para os Transportes Rodoviários - Carla Leitão Ribeiro de Sousa
b) Vice-Ministro para os Transportes Ferroviários - José João Kovíngua
22. Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação - José de Carvalho da Rocha
a) Vice-Ministro das Telecomunicações - Aristides Frederico Safeca
b) Vice-Ministro das Tecnologias de Informação - Pedro Sebastião Teta
23. Ministra da Energia e Águas - Emmanuela Bernardeth Afonso Vieira Lopes
a) Secretário de Estado da Energia - João Baptista Borges
b) Secretário de Estado das Águas - Luís Filipe da Silva
24. Ministro da Saúde - José Vieira Dias Van-Dúnem
a) Vice-Ministra da Saúde - Evelize Joaquina da Cruz Frestas
25. Ministro da Educação - MPinda Simão
a) Vice-Ministra para o Ensino Geral e Acção Social - Ana Paula Inês Luís Ndala Fernando
b) Vice-Ministro para a Formação e Ensino Técnico-Profissional - Narciso Damásio dos Santos Benedito
26. Ministra do Ensino Superior e Ciência e Tecnologia - Maria de Cândida Pereira Teixeira
a) Secretário de Estado do Ensino Superior - Adão Gaspar Ferreira do Nascimento
b) Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia - João Sebastião Teta
27. Ministra da Cultura - Rosa Maria Martins da Cruz e Silva
a) Vice-Ministro da Cultura - Cornélio Caley
28. Ministro da Assistência e Reinserção Social - João Baptista Kussumua
a) Vice-Ministra da Assistência Social - Maria da Luz do Rosário Cirilo de Sá Magalhães
b) Vice-Ministro da Reinserção Social - Mateus Miguel Ângelo
29. Ministra da Família e Promoção da Mulher - Genoveva da Conceição Lino
a) Vice-Ministra da Família - Ana Paula da Silva Sacramento Neto
30. Ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria - Kundi Paihama
a) Vice-Ministro dos Antigos Combatentes - Clemente Conjuca
31. Secretário de Estado para os Direitos Humanos - António Bento Bembe
Estamos a espera para ver, o que de novo, teste governo que não é novo, e com um Presidente não eleito, trará ao país.
Não sabemos se foi erro ou propositado a omissão do Presidente - José Eduardo dos Santos, como cabeça desta lista do Governo.
Mas vou avisando, não se iludam...