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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ELES AMAM A GUERRA

Esta semana a SIC Notícias, o Semanário Angolense na sua edição de n.º 290 de 08 a 15 de Novembro de 2008, entre outros mídias nacionais e internacionais, abordaram o envolvimento directo e indirecto de Angola na guerra da RDC.
O que se tem estado a ouvir, ler e assistir, não constitui novidade, uma vez que são questões que têm sido debatidas deste 2006, com maior abrangência.
Verdade ou não, o Semanário Angolense fala do pedido de Nicolas Sarkozy, no sentido de Angola, enviar tropas a RDC. A SIC esta semana abriu um dos seus jornais com a notícia de que Angola, enviou tropas à guerra da RDC. 
 
Notícias do Jornal de Angola sobre a crise na RDC
  • 7 de Novembro, publica uma matéria em que aborda uma Declaração do Governo exprimindo solidariedade ao Governo Congolês e, condenando as acções dos rebeldes. Segundo o JA nesta declaração o governo angolano, também condena a ingerência externa, afirmando que ela apenas contribui para o agravamento do conflito.
Ainda nesta edição, é destacada a preocupação da SADC, manifestada no encontro de 3 a 5 de Novembro em Maputo capital moçambicana
  • 13 de Novembro, noticiou que o Conselho de Segurança da ONU apesar de ter discutido no dia 11 de Novembro, este órgão ponderou o reforço dos efectivos da MONUC. Um relatório do Secretário Geral Ban Ki-moon, será submetido ao Conselho para discussão e no final do mês se chegará a uma posição mais concreta.
  • 14 de Novembro, SADC admite intervir no Congo Democrático com as suas "forças em alerta". "A SADC já tem um mecanismo de alerta, criado na cimeira de Lusaka em 2007, que pode vir a ser chamado. E, par este efeito, é necessário analisar como é que a SADC vai colocar a missão no terreno e como é que a União Europeia pode aumentar a capacidade deste comando em termos logísticos, e outros meios que eventualmente essas unidades possam necessitar." frisou George Chicoty, in JA. 
Analisando as últimas notícias, tudo indica que o nosso país demagogicamente apela a não ingerência de forças externas no conflito Congolês, mas irá participar das forças da SADC e outras para enviar os filhos de milhares de mães e pais angolanos, para mais uma guerra.
Parece que amamos a guerra e, não aprendemos as lições que as guerras nos têm dado.
Não é com o povo Congolês que a SADC, UE, França e Angola particularmente estão preocupados, o povo é o bode espiatório, como sempre. 
Existem outros interesses, outras motivações que fazem estes políticos amarem tanto a guerra. Todos somos livres de amar o que queremos, mas não somos livre de arrastar os outros ao nosso amor, sem pedir licença.
Penso que já é altura de questionar a legitimidade dos políticos e das políticas de mandar filhos de mulheres e homens, para guerras em casa do vizinho, ou de outros povos mais distantes.
Senhores Deputados da Assembleia Nacional, que prometeram não dormir mais durante as sessões, não ser cego aos problemas do povo e não comportar-se como adeptos do governo.
Senhores Ministros com pastas e sem pastas, que prometeram desta vez, mostrar trabalho de verdade, para o chefe ver que acataram bem a mensagem de "falar menos e trabalhar mais".
Senhor Presidente da República, que prometeu nos garantir a estabilidade, segurança, unidade etc e mais as propagandas das eleições.
Senhor Presidente da Assembleia Nacional, que se comporta como governante e manda recado de piada ao Dr. Savimbi, esquecendo-se de que ele já morreu, e que já não és Primeiro-Ministro, que o Cassoma agora senta no teu lugar.
Senhoras que entraram na Assembleia e no Governo, por via da propaganda eleitoral do género, que prometeram não se esquecer que são mães, mulheres, namoradas, irmãs, avós, amantes e outras coisas que não vou falar agora.
NÓS NÃO QUEREMOS MAIS GUERRA, 
  • Deixem os nossos filhos estudarem, mesmo que seja em escolas de dúvidas, onde os vossos filhos não entram.
  • Deixem os nossos filhos, mesmo que não sejam donos, pelo menos, trabalharem nas empresas deste país, ao invés de ir à RDC.
  • Deixem de amar a guerra, se não querem, que a beijem sozinhos.
  • José Eduardo dos Santos, não cometa este erro, as mulheres e homens, mães e pais, namoradas, amantes, irmãos e irmãs, primos e primas, avós e avôs, dos jovens que irão morrer na guerra da RDC, não te votarão nas presidenciais e se não houver batota poderás perder.
ACABEM COM AS GUERRAS SEM MAIS GUERRA.
Jornalista Independente.
 

1 comentário:

  1. E então companheiro????
    Também não concordo com o mandar "filhos de Angola" para alguma guerra, sejá lá onde fôr. Mas este teu discurso... parece-me que se pode optar por uma relação mais cordial, ou seja, se o governo de Angola entender envolver-se na "guerra do vizinho" não será por vontades pessoais, penso eu, mas sim, fruto de uma estratégia de reforço emquanto potência da região.
    E se optarmos em ver as actuações do Governo de Angola como tal, poderemos algum dia ter a sorte de vir a fazer parte do pelouro. Perde-se uma vez, mas se continuarmos a tentar... quem sabe.

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